O Barómetro Covid-19: Opinião Social fez a análise das perceções dos portugueses face à pandemia da COVID-19 nas duas últimas quinzenas (de 12 dezembro a 8 de janeiro; N: 528) e os dados revelam um decréscimo na utilização das máscaras. Especialistas atribuem alteração de comportamento ao período festivo e acreditam que a tendência voltará a reverter.
O número de pessoas que reporta utilizar “sempre” a máscara quando sai de casa e está com outras pessoas que não vivem consigo diminui 10,4% nas últimas 2 Quinzenas (de 86,7% na quinzena 28 nov – 11 de dez, para 76,3% na quinzena 26 dez – 8 jan). Adicionalmente, ao observando o mesmo período (28 nov – 8 jan), 60% das pessoas que estiveram num grupo com 10 ou mais pessoas reporta não ter tido sempre a máscara colocada, representando um aumento de 33,6%.
“O período do Natal e Ano Novo propicia momentos de convívio com família e amigos, num ambiente de maior relaxamento, podendo existir um falso sentimento de segurança e a tendência natural é no sentido de aligeirar também os comportamentos protetores”, explica a equipa de investigação. “A utilização da máscara tem sido um comportamento da população com uma evolução positiva ao longo da pandemia. Esta variação é preocupante, pela importância que esta medida de proteção representa no combate à propagação do vírus, mas estamos confiantes de que se trata de um fenómeno isolado e que a análise às respostas das próximas semanas irá inverter a tendência”.
No que diz respeito ao nível de confiança nas vacinas contra a Covid-19 que estão a ser desenvolvidas, quanto a aspetos de segurança e eficácia, verifica-se que este continua a aumentar nos respondentes, com cerca de 84% a reportar estar “confiante” ou “muito confiante” durante a última quinzena (26 de dez – 8 de jan, N:312).
Também o número de pessoas que pretende tomar a vacina “logo que esteja disponível” aumentou, quase que duplicando, desde os primeiros dias de dezembro (de 33.2% na quinzena 28 nov – 11 dez para 65.8% na quinzena 26 dez – 8 jan). As pessoas que reportam querer “esperar muito tempo” (6,3%) ou “não tomar” tem vindo a diminuir ao longo das últimas duas quinzenas.