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Cuidar da Saúde em tempos de pandemia

Publicado a 28/05/2021

A última análise do Barómetro Covid-19: Opinião Social analisou as estratégias que os portugueses têm adotado para gerir o seu bem-estar durante a pandemia.

Seguindo o mote de que as crises podem constituir oportunidades para melhorar, o Barómetro Covid-19 mostra que, de facto, uma parte dos portugueses reporta ter melhorado alguns comportamentos importantes para a saúde. Cerca de um terço refere comer de forma mais saudável e 30% menciona praticar mais atividade física.

Contudo, nem todos os portugueses conseguiram aproveitar o período pandémico desta forma. Ao longo da pandemia, verificou-se uma tendência de aumento na percentagem de portugueses que reporta estar a comer alimentos mais calóricos ou com mais gordura, rondando os 30% nas últimas quinzenas.

Verifica-se também uma percentagem muito elevada de participantes que considera estar a praticar menos atividade física (53,8% na última quinzena).

Ana Rita Goes, coordenadora científica do Barómetro Covid-19: Opinião Social, sublinha que a pandemia trouxe transformações profundas ao nosso dia a dia. “Enquanto para alguns, a obrigação de ficar em casa transformou a possibilidade de sair para atividade física ao ar livre em algo particularmente apelativo, ou tornou possível uma escolha mais ponderada dos alimentos, para outros, as circunstâncias não foram tão favoráveis.”

“É tempo de recordarmos que a saúde começa muito antes da doença e que há muitas pequenas coisas que podemos fazer todos os dias para nos mantermos saudáveis, como comer menos alimentos açucarados, fazer mais deslocações a pé, dormir mais horas por noite, passar mais tempo ao ar livre ou fazer mais coisas de que gostamos ”, sublinha a coordenadora que acrescenta “o primeiro passo é tomar a decisão de mudar e escolher por onde começar”.

Adicionalmente, a coordenadora defende que é necessário garantir que as pessoas têm condições para cuidar da sua saúde e que os locais onde vivem, estudam e trabalham tornam a tarefa de cuidarem delas próprias mais fácil e apelativa. “Depois de mais de um ano a combater esta doença, precisamos de retomar a luta pela saúde e garantir que todos têm oportunidade de fazer as escolhas que lhes permitam viver uma vida longa e saudável”, conclui Ana Rita Goes.