Artigo de opinião de investigadores do Políticas e Intervenções do Barómetro Covid-19 recomenda alargar os critérios de sintomas para testagem à Covid-19 e a estratégia de comunicação junto da população sobre sintomas para além da febre, tosse, falta de ar e perda de olfato e paladar, como forma de controlar a pandemia. “Medidas restritivas mais gerais podem falhar na contenção da transmissão se os cidadãos continuarem a desvalorizar um conjunto de sintomas ligeiros”, alertam os investigadores.
Estudos epidemiológicos internacionais recentes mostram que os sintomas mais frequentes da COVID-19 nos jovens entre os 15 e os 39 anos são a dor de cabeça (70,3%), a perda do olfato (70,2%), a obstrução nasal (67,8%), a tosse (63,2%), a falta de força (63,3%), as dores musculares (62,5%), o corrimento nasal (60,1%), a alteração do paladar (54,2%) e a dor de garganta (52,9%). Só 63% se queixaram de tosse, 49% de falta de ar e 42% de febre.
Segundo os autores, “Só se encontra aquilo que se procura”. Se estes sintomas forem incluídos nos critérios para testagem de casos suspeitos de COVID-19, mais casos poderão ser detetados e tomadas as medidas de saúde pública adequadas.
Adicionalmente, se os cidadãos forem sensibilizados para estarem atentos a estes sintomas enquanto possíveis sinais da COVID-19, poderão tomar as medidas necessárias para reduzir a transmissão nos meios familiares, sociais e profissionais e solicitar a testagem.
Vários países e organizações (OMS e CDC) já adotaram critérios mais abrangente para recomendação de testagem em termos de sintomas e são apresentados alguns exemplos neste artigo. Estes sintomas incluem constipação/coriza, ou combinações de vários sintomas como ( dores de garganta, dores musculares, dores de cabeça, rinite/rinorreia/nariz obstruído; diarreia, vómitos, fadiga,etc).
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